define('DISABLE_WP_CRON', true); Amar | Sandra Pontes


Imagem: Passion – Anubiskitten – DeviantArt

Estranho desabafar assim, ou simplesmente falar (mais) de mim, mas é algo que eu sempre penso, já conversei sobre isso com minha amiga e irmã e acho que devo falar aqui… Além disso, por milagre, deixarei a caixa de comentários aberta neste post. Espero que você, que lê, possa interagir com meus sentimentos.
Há 4 anos, completados em 19/04, reencontrei um amigo. Quem passeia de “quando em vez” por aqui já deve ter lido algo sobre Rogério, o pseudônimo que adotei para preservar seu verdadeiro nome… Resumo: nos conhecemos no colégio, há uns 25, 26 anos… Eu namorava e ele não. Ele queria namorar comigo e eu, não. Mas jamais me esqueci dele. Perdemos-nos por 20 anos (eu acho) e nos reencontramos.
Devo assumir total e completa responsabilidade pelas inúmeras vezes em que eu, depois desse reencontro, forcei situações para nos afastamos. A última vez, não nos falamos por um ano, um mês e alguns dias.
E eu, novamente sendo prolixa, me perdi… Na verdade quero descrever o que sinto, porque é algo que não sei explicar:
Não fico vigiando meu e-mail esperando um dele.
Sei que, devido a um compromisso, ele pode me ligar às terças, entre 22h50 e 23h10. Muitas vezes, morta de cansaço, desliguei o celular para dormir, na certeza de que, naquela noite, ele não ligaria. Acertei todas.
Sei que, quando ele está no sufoco, de mau humor, cansado, ele me liga. E não é para reclamar. É para rir. Hoje mesmo foi assim… Divirto-me quando ele ri tanto que chega a tossir, engasgar e tenta disfarçar para as pessoas do emprego dele não perceberem…
Adoro provocá-lo chamando-o de “fofo”, porque sei que ele (finge que) não gosta.
Tenho uma grande admiração por ele. Um respeito grande – e não é porque ele tem mais de 1,90m de altura – pelo que conquistou, pela batalha árdua na vida que o fez chegar aonde chegou.
Brigo muito com ele devido aos diversos compromissos que assume tanto profissionais quanto sociais. Parece que esse homem tem bicho carpinteiro no “U”! Não para quieto! Não é à toa que está com pressão alta. Aliás, o ministro tem a solução… Aliás, “eu SOU a sua solução, cinco dias por semana, fofo!!”.
Sinto muita falta dele mais perto, mas não me enluto por isso. Jamais modifiquei minha vida, me afundei em lágrimas e desespero por não tê-lo ao meu lado. A minha vida segue o rumo… A dele, idem.
Talvez, um dia, nossas vidas se encontrem numa rua qualquer, mas não vou forçar esse encontro.
Talvez não esteja planejado esse encontro total. Não sei se somente nesta vida ou nas próximas… Mas nem por isso me mato de chorar ou sofrer. Não deixo de fazer minhas coisas.
Uma única atitude que eu preciso ter é de não compará-lo com algum futuro namorado. Fiz isso e deu m*! Aliás, quem disse que um amor se cura com outro, das duas uma: ou jamais aprendeu o que é, realmente, amar alguém, ou é só mais um imbecil repetindo “frase feita” por outro imbecil!
Eu o amo tanto, de uma maneira que nunca antes amei e que sei que não amarei mais ninguém, que me sinto em paz.
Esquisito?? Diferente? Não… Pense comigo: a geladeira é fria, o rádio não tem imagem, o fogo queima, a água molha… Isso é lógica. O amor verdadeiro, o que você APRENDE a sentir, o amor calmo, sem desespero, sem dependência, o amor que divide, que compartilha, amor que paixão alguma é capaz de criar é lógico.
Aprender a amar é não iludir o outro.
Aprender a amar É não SE iludir.
É, acima de tudo, sentir esse amor sem que se torne um peso, um fardo, uma obrigação por carregá-lo pela vida afora.
Mas não pensem que eu não sou apaixonada por ele. Sou. Cada vez que ele me beija, faz amor comigo, me abraça, a paixão supera esse amor. A paixão por ele vem com o tato, o gosto, o cheiro. E ela abranda até quase acabar, mas o amor fica.
Aprendi a amar meu “fofo”, com seus defeitos (o pior deles é ser são paulino) e suas imensas qualidades.
E, o que a gente aprende, jamais esquece.


Autoria:
Sandra Pontes


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Comments


This entry was posted on Wednesday, May 26th, 2010 at 12:44 am and is filed under À parte. You can follow any responses to this entry through the RSS 2.0 feed. Responses are currently closed, but you can trackback from your own site.

3 Corajosos!!!


  1. Silvia on May 26, 2010 12:14 pm

    Sabe que de vez em quando eu passo por aqui para matar a saudade!
    Desta vez eu li e achei, acima de tudo, lindo o sentimento acertadamente descrito por você.
    O Amor que não vem de uma paixão ou que se transforma dela, é muito mais verdadeiro, sincero, realista e nos mantém seguras…. pra mim este é único que eu conseguiria viver já que sonhar e fantasiar não é muito a minha praia!
    Tudo isso é muito lindo e bacana, mas….. o que eu mais gostei meeeeeesmo…é que ele é São Paulino!!!!!! Huahuahua… gente boníssima heim San!!!!

  2. Sandra on May 27, 2010 9:43 pm

    Vou fazer de conta que não li seu comentário sobre o time de futebol! Você é suspeitíssima!!! kkkkkkkk (Antonioooo, olha a sua esposa!!!)

    É verdade. Todo amor que vem da paixão não dura.

    Beijos e saudades

  3. Allan on May 30, 2010 6:07 am

    É isso. Deixe a vida acontecer que as coisas acontecem. Não levaram vinte anos para se reencontrar? Pra quê pressa agora? Viva cada momento intensamente que os laços serão reforçados ou desatados, mas sem forçar a situação, o que evita sentir-se culpada depois.

    Mantenha o ritmo e deixe que, se for o caso, a distância diminua normalmente. E aproveite tudo o que puder.

    Beijocas 🙂

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